Capitulo 16 - AIKI – União e Harmonia.

Logo do processo de Irimi-Tenkan podemos afirmar que temos dominado a situação sem perder nosso equilíbrio, sem machucar-nos nem machucar o outro, mas por sobre tudo, logramos unificar nossa direção, potência, visão e inclusive nossos sentimentos com os do atacante.

Fizemos desaparecer as idéias de atacante e defensor, realizamos em parte, o grande objetivo de todas as Artes Marciais, “a eficiência absoluta” no temos nenhuma possibilidade de ser derrotados (também não de vencer) por que o mesmo conceito de ganhador-perdedor deixou de ter sentido.

Para ganhar, alguém tem que perder, para atacar, alguém tem que ser “o objetivo” é preciso criar uma separação entre os participes para gerar uma ação que depende de ambos dois.

Agora estamos num terreno absolutamente novo, onde não podemos falar de atacante e defensor.

Agora somente existe um ente “atacante-defensor” com uma dinâmica e psicologia própria.

Um centro, que é nosso próprio centro e uma consciência própria que unida com a sensibilidade permite realizar a próxima etapa conhecida também como “Controle com Condução”.

Todas as técnicas de aqui para adiante, tem como objetivo, não perder nosso centro e por sobre tudo, não separar a união realizada, conduzindo o movimento resultante das forças, das posições relativas de cada corpo, sendo responsáveis por obter o controle destas resultantes, sem que desapareça a conexão obtida.

Não é simples e é nesse ponto que nascem todas as teorias que apresentam as Artes Marciais orientais como coisas mágicas, sobrenaturais ou pior ainda, como "ciência" onde tentam analisar e avaliar as técnicas aplicadas como se foram teoremas matemáticos e os deslocamentos e ações humanas como se somente foram “corpos físicos” sem emoções nem sentimentos.