#navbar {visibility:hidden;} O projeto NEKKO: Capitulo 4 - Robert

Capitulo 4 - Robert



Sempre esteve relacionado com o poder, o dinheiro e as influencias governamentais.

Filho dum fazendeiro no extremo sul da América, dono de terras com tamanho maior que muitos países na Europa, ele herdou as terras, propriedades e influencias do pai e logo assinou um casamento com a também herdeira de um dos maiores bancos da Suiça e com importantes negócios com o Vaticano e outros países no mundo todo.

Levou sua vida como muitos outros poderosos do mundo, compartilhando sua vida na enorme fazenda com longos viagens para estudos, prazer ou negócios às principais cidades financeiras do mundo.

Com o tempo e já formado como engenheiro , economista e filósofo iniciou uma brilhante carreira com funcionário de organismos internacionais como as Nações Unidas, o Banco Mundial e muitos outros grupos sem tanta fama mas com ainda mais poder político que os reconhecidos pela imprensa mundial.

Criou seus dois filhos na esperança que eles continuaram administrando e desenvolvendo os negócios da familia , mas foi prontamente desiludido com o comportamento de seu filho Ricardo e passou a confiar cegamente na sua filha Marcela que parecia ter todas as qualificações, físicas, intelectuais e emocionais para realizar a tarefa com sucesso.

Como diretor de um destes organismos internacionais, foi dos primeiros em saber que os problemas para a humanidade (que para ele simbolizavam simplesmente "perdidas econômicas") não seriam decorrentes de uma Guerra atômica entre potências, do descaso com que elas tratavam o clima e a biodiversidade no planeta, nem de grupos de guerrilhas religiosos ou de asteróides que bateram contra a terra.
Ele foi uns dos poucos e selecionados homens que receberam um dia a noticia que se estava criando, nas profundezas da terra , uma terrível e incontrolável nuvem de gás altamente tóxico para os humanos e que ela seria expelida para o exterior por vários vulcões ao mesmo tempo cobrindo quase completamente a terra em poucos minutos e matando todos os seres humanos expostos a ela no percurso de no mais de dois minutos.
Diferentemente de outras vezes, a noticia não vazou para a imprensa, e o tempo entre o descobrimento da novidade e a data do acontecimento (que esta vez não era uma simples suposição de cientistas delirantes, senão um evento, inexorável e com data próxima e determinada com precisão de minutos) não deu lugar nem aos boatos de sempre.

Em questão de dias quase não haveriam lugares onde os humanos puderam sobreviver e além que as expectativas eram que a nuvem se evaporaria em apenas 24 hs., bastavam apenas 2 minutos de exposição (respiratória ou simplesmente de contato com a pele) para provocar uma morte rápida e quase sem dor nem consciência.

Pensou-se em avisar a população para que a gente se escondera em refúgios subterrâneos durante esses dois minutos, mas os analises prévios do gás, já previam que ele possuía uma capacidade de infiltração maior a todo o conhecido pelo homem e que não existiam paredes, materiais ou refúgios onde poder não ser atingido.

Somente se esperavam uns 100 pontos no planeta onde, por diversas razões climáticas, dinâmicas e geológicas, poderiam os homens e mulheres ficar salvos nesses dois minutos trágicos.

O tempo não dava para avisar, nem sequer a todos os poderosos, muito menos sem provocar um caos que seria um impedimento para realizar qualquer ação planejada.

Em 24 hs. foram trasladadas todas as pessoas consideradas importantes para os novos tempos que chegariam de reconstrução, dor e trabalho e foi decidido salvar somente pessoas que estivessem morando bem perto dos poucos pontos não atingidos e especialmente os relacionados com as ciências da informação , como um jeito para tentar logo reconstruir a cultura humana desde o ponto em que a tragédia acontecera e que já começava chamar-se da "Grande Devastação".

Tudo isso ocorreu....
Exatamente como foi prognosticado.
De um dia para o outro somente 100.000 pessoas cadastradas (existiam suposições de entre 100.000 e 200.000 mais que sobreviveram fora dos salvados pela organização central que atuou na crise) , somente isso sobrou dos aproximadamente 8.000.000.000 de pessoas que povoavam a terra antes da Grande Devastação.

E entre eles Robert formou parte do primeiro grupo de governo que foi formado visando reconstruir a vida humana na terra, e de ser possível não repetir os erros do passado baseando-se na administração eficaz dos homens e mulheres sobreviventes e dos recursos de informação que nas últimas décadas, antes da tragédia, funcionaram como uma espécie de reservatório da cultura humana, chegando em muitos casos, ser uma espécie de muleta do cérebro de cada pessoa na sociedade e que felizmente armazenavam quase um 50% do acervo da cultura humana até esse momento.

As bases do novo governo mundial foram estabelecidas e o mundo continuou, parecendo mais uma grande empresa que o mundo anterior e isso, logicamente ao ser, quase todos os componentes do novo governo , ex donos ou encarregados de grandes empresas que no momento anterior à tragédia possuíam posições de poder no mundo capitalista.